Poesia e Veneno

Poesia sem regras


quarta-feira, 3 de novembro de 2010


Tantos


Tanta informação assombra pobres almas,
que insistem e descansa sob a sombra da santa ignorância.
Tanta euforia assusta pobres homens,
que por tão inseguros preferem não opinar.
Tanta honestidade deixa em pânico o pobre povo,
que por tão mau acostumado vai as urnas por obrigação de votar.
Tanto movimento assusta pobres moradores de uma pacata cidade
por onde um raly ira passar.
Tantas palavras assombram pobres frases,
que por tão quanto o impacto é sentido elas insistem em não se completar.
Tanta lucidez apavora pobres loucos,
que mesmo assim sorriem.
Tantos porquês assustam padres, poetas e professores
que vêem a duvida aflora até de “criança neném”.
Tantos “tantos” me assustam se você quer saber,
Quando a tanto a fazer, tanto a querer e não podemos esperar.

Um comentário:

  1. Confusas reflexões de um sóbrio poeta. Gostei deste texto, ficou muito legal.

    ResponderExcluir