Poesia e Veneno

Poesia sem regras


terça-feira, 10 de julho de 2012

Descrição

De dificio explicacão
 Talvez até não tenha
 Depende do dia
 Depende da hora
 Não da pra prever
Nem pense em conter
Não faz tipo
 Faz com carinho
 Não bebe alcool
 Mas embriaga
Anestesia
 Satisfaz
 Conforta
 Irrita
 É tapa na cara
 É cafuné nos cabelos
 Paradoxo do reverso, do contrario do não imaginário
 Sara a alma
Massageia o ego
 Manda pro espaço
 Laça de volta
Te leva pro céu
Te resgata do inferno
 Te bota no colo
 E faz tudo sarar
É sua mãe
 É seu pai
 Sua amante
 Sua puta
 E sua cura
 Desejo
 Carinho
 Conforto
 Amor
 Ardor
 Quente
 E fria
 As vezes é uma
 Outra
 A mesma
A de sempre
 Duas
 Três
 Depende da hora
 Depende do dia
 Depende do mês.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

ONTEM À NOITE

Se eu fosse o tempo todo bom, não consegueria fazer sempre o bem.
Se eu usasse o tempo todo a razão, não consegueria ser sempre racional.
E mesmo se eu segurasse o tempo todo suas mãos, não estaria o tempo todo ao seu lado.
Se eu pensasse o tempo inteiro antes de qualquer ato, não teria a felicidade do imprevisto, não saberia o gosto dos teus lábios, não compreenderia o que é recomeçar sem ter terminado, não ganharia tudo sem nunca ter perdido nada.
Pra que serve a razão? O que seria a solução? Pra que serve a solução?
Sentir frio na barriga, o coração disparar, o suar frio das mãos. . . Pra isso não há explicação. Então. Pra que serve a solução?


F.G. 04/12