Poesia e Veneno

Poesia sem regras


quinta-feira, 4 de novembro de 2010


Enquanto isso lá fora


A sociedade se mobiliza pra combater a violência
Enquanto isso os governantes em mais uma conferencia
Americanos usam armas contra o próprio terrorismo
E na tv longa metragem com história do fascismo
Parece pouco, parece louco
Mas a verdade acontece todo dia e você
Fica assustado, traumatizado
E se esconde atrás das grades das mansões
Fica com medo, fica com pena
E não faz nada pra mudar esse sistema démodé
Se refugia, se trancafia,
Fica assistindo a vida passar na tv

Neguinho da favela um dia fez um comentário
Era tão obvio, tava na cara.
Ele dizia que a violência tinha solução
Não com policia mas com educação
Ele pensava que oportunidade tinha que ser pra todos,
Que o sol brilhasse em mais de uma direção
Logo o neguinho divulgou seu comentário
E mais logo ainda tava na televisão
Mais logo ainda era mais que comentado
Não demorou estava fora de circulação
Sumiu do mapa sem explicação
Deram sumiço no cara
Acabou revolução

Neguinho era apenas mais um personagem
Mas a história não era de ficção
a realidade é foda pra quem ta por baixo
Quem ta por cima não quer ver revolução
Um sentimento de revolta as vezes toma conta
Mas violência nunca foi a solução
Democracia não existe
Apenas uma fabula, uma piada
Pois no poder só vai quem tem as costas quentes
Que é esquentada com muita grana
Pois quem não paga não compra o povo

O povo pena e passa fome porque não tem educação
O rico ganha com a má distribuição
Grana do povo que paga imposto e pega ônibus pra trabalhar
Pra sustentar sua família o seu legado
No fim do mês é humilhado... o cara do mercado não quer mais vender fiado
O que fazer quando não se tem o que comer?
O filho chora, mulher reclama
O desespero bate a porta pra valer
O que mais pode acontecer?

Pai de família entrou pro movimento
Não agüentou ser humilhado pelo governo
O que era apenas um distúrbio social
Virou noticia da pagina policial.

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