Poesia e Veneno

Poesia sem regras


quarta-feira, 3 de novembro de 2010


Violência


A violência toma nossos corações.
A vida é violenta, é estúpida.
Mal cabe a violência em tão pouco espaço que nossas cabeças vazias destinam a ela.
A violência se manifesta por ódio, por amor, ira, rancor.
Sem ter nem porque, vem e se faz onde nada se propaga ou se indaga.
Mas nem por isso o silêncio se faz menos violento.
Nem por isso o choro de uma criança recém nascida se faz menos violenta.
Mas sim. Atormenta a alma e se torna violência aos ouvidos mais atentos que sofre a violência que não se percebe a olho nu.
A violência das águas, dos ventos, da seca.
A violência da falta de violência.
Violência por irreverência, imaginaria, sem pudor.
Violência desconhecida, famosa, celebre, fúnebre, anônima, eufórica, sátira...
Humor violento, amor violento. Todos violentos. A mãe, o pai, o irmão.
Por amor, sem motivo, sem objetivo ou adjetivo.
Sem graça sem sal. Doce como a cana amarga como o fel
Violência. Violação do direito comum a todo ser...

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