Poesia e Veneno

Poesia sem regras


quarta-feira, 3 de novembro de 2010


BARULHO

Barulho, barulho.
Barulho que vem
Barulho de trem
Barulho que irrita
Barulho que intriga
Barulho que faz vomitar
Que faz ir e voltar
Não me deixa dormir
Não me deixa sentir
Não me deixa sorrir
Não me deixa fugir
Barulho, barulho.
Entulho, barulho, tumulto.
Silencio, silencio.
Alivio, alivio.
Canção de ninar
Que vem embalar
Que vem acalmar
As ondas do mar
Barulho, barulho.
A tropa chegando
O time jogando
Avião de passagem
Amigo chegando
barulho, barulho
mulher fofocando
a feira acabando
o transito parado
mendigos aglomerados
silencio da paz
crianças dormindo
os carros dormindo
barulho se indo...
cachorro em repouso
espirro contido
buzina entupida
corneta entupida
o bumbo calado
barulho, silencio
silencio, barulho
não sei qual me irrita
não sei qual me excita
Não sei se faz bem.

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