Poesia e Veneno

Poesia sem regras


quarta-feira, 3 de novembro de 2010



Abrigo na noite

Não.
Isso não é uma carta de um suicida
Talvez um desabafo,
ou quem sabe um pedido de socorro
de quem se perde todas as noites nesse mundo labirinto.

Não quero chorar nem me lamentar
mesmo porque lágrimas também não há.
só queria um colo
um abrigo
um lugar pra me esconder de mim mesmo.

Eu sinto dor.
Eu tenho amor.
Não tenho alvo.
Não tenho mira.

Eu tenho você que não me tem.
Toco você que não sente minha respiração.
Não sente o pulsar do coração do herói ferido
que derrama lágrimas de sangue
sem nenhum motivo.

Eu tenho tudo sempre
de vez em quando
quase nunca
nada

As vezes eu bebo e fumo.
As vezes gosto de sexo seguro sem camisinha.
Gosto de rock e samba.
Também gosto de futebol, domingo as quatro na TV.

Mas quando chega a noite
Ah! A noite é minha namorada,
minha aliada,
minha vitória e minha derrota.
A noite é onde eu me perco e encontro abrigo
sem a segurança das grades reais.

Um comentário:

  1. esse ate se parece bastante comigo
    seja la ql for a inspiraçao servio pra mim tbm
    Amei... como eu ja havia dito e vc sabe, vc escreve realmente muityo bem
    abraços....

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