Poesia e Veneno

Poesia sem regras


terça-feira, 18 de janeiro de 2011

HÁ DOIS MINUTOS ATRÁS



Há dois minutos atrás eu nasci
Fiz tudo que podia pra estar aqui
Pensei até que podia voar
Talvez pudesse, mas não voei.

Há dois minutos atrás eu te amei
Te dei tudo que podia, te mimei
Pensei que podia te dar a lua
Talvez pudesse, mas não dei.

Há dois minutos atrás eu joguei
Escondi uma carta na manga
Pensei que pudesse ganhar de todos
Talvez até pudesse, mas não ganhei

Há exatos dois minutos atrás eu morri
Não escolhi como seria, nem o local
Pensei que escaparia de tudo e de todos
Talvez até pudesse mas não escapei.

5 comentários:

  1. Fernando, eu gosto do seus textos.
    São leves, porém consistentes.
    Permitem a expressividade do sentimneto.
    Afinal a arte tem uma função bem específica: causar emoção.
    Abraços.
    Eunice.

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  2. Dois minutos talvez seja pouco tempo para se explicar uma eternidade inevitável....

    A lua está no mesmo lugar....

    Mas as estrelas...

    Dois minutos são suficientes para guardá-las e não perde-las jamais!!!!

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  3. Adoroo esses poesias suas, hsuhsa, vc tem talento

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