Poesia e Veneno

Poesia sem regras


segunda-feira, 17 de janeiro de 2011


INDIGENTE


Sem futuro ou passado
Sentado na calçada
Mais um indigente
Como um fardo pesado
Socialmente ignorado

Sem dignidade ou respeito
Com calça e sapatos furados
E a cachaça quente
Que ameniza a falta do calor humano

Questiona a vida
Como se tivesse resposta
Pra perguntas que são feitas
Por quem nem é visto como gente

O tempo conspirando contra ele
Mas ele não nota
E nem pode notar

O sorriso amarelo,
Os olhos vermelhos
E o presente negro
Coloriam a bandeira que durante a vida defendeu


Não vivendo,
Mas vendo viver
Pois pra viver é preciso comer
E ninguém sabe quando isso pode acontecer.


F.G. 04

Nenhum comentário:

Postar um comentário