
INDIGENTE
Sem futuro ou passado
Sentado na calçada
Mais um indigente
Como um fardo pesado
Socialmente ignorado
Sem dignidade ou respeito
Com calça e sapatos furados
E a cachaça quente
Que ameniza a falta do calor humano
Questiona a vida
Como se tivesse resposta
Pra perguntas que são feitas
Por quem nem é visto como gente
O tempo conspirando contra ele
Mas ele não nota
E nem pode notar
O sorriso amarelo,
Os olhos vermelhos
E o presente negro
Coloriam a bandeira que durante a vida defendeu
Não vivendo,
Mas vendo viver
Pois pra viver é preciso comer
E ninguém sabe quando isso pode acontecer.
F.G. 04
Nenhum comentário:
Postar um comentário