Poesia e Veneno

Poesia sem regras


segunda-feira, 17 de janeiro de 2011


SER ALGUEM


O sistema era capitalista,
ele não tinha capital
onde o dinheiro é a maior conquista
pra quem deseja ser alguém.
A dignidade gira em torno da moeda
se não se tem dinheiro, não tem valor.
São nessas horas que se vê quem é quem
pois o pouco que tinha a inflação levou
O sonho do garoto era ser rico,
mas não estudou. Pra poder comer.
Comeu pouco e não aprendeu nada
o que restou foi “bater e correr”.
A festa no farol tornava a profissão indigna
e ele trabalhava sem nenhum pudor...
-melhor correr a maquina do estado já chegou!
Sem dinheiro não tem costa quente,
sem costa quente não tem dinheiro,
sem dinheiro não tem comida,
falta comida sobra coragem.
Ferramenta de trabalho na cintura,
uma mascara pra se proteger dos acidentes de trabalho.
O banco é onde cumpre seu expediente.
Trabalho duro vida corrida,
muitos obstáculos pra se ultrapassar
pra finalmente se identificar
fazer parte do sistema
ser alguém.

F.G.04

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